quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Labirinto" tem desfecho frustrante

Bárbara Paludeti
Editora de Literatura

De um lado, Alaïs. De outro, Alice. Alaïs em 1209. Alice em 2005. Este é o paralelo de histórias da trama de "Labirinto", livro de Kate Mosse, lançado em 2006 (clique aqui para comprá-lo).

A autora descreve a vida de Alaïs em um capítulo e dali a dois começa a falar de Alice e assim é construído o livro. O que liga as duas você só vai descobrir lá pelo meio da história. Uma trama medieval de segredos, destino, traições e grandes amores.

A autora demonstra amplo conhecimento sobre a França medieval em suas descrições minuciosas, além da bela capacidade de montar uma trama bem trabalhada misturada a segredos religiosos, uma organização secreta e, claro, aqueles que querem destruí-la.

No começo há uma descrição infindável de lugares, pessoas e situações. Tudo para bem localizar o leitor em uma trama que junta passado e presente. A confiança de um pai em uma filha e as cruzadas sangrentas dão tom à era medieval descrita no livro. Já no presente, relações misteriosas e muita ambição mostram assassinatos e traições. Um quê de Dan Brown dá agilidade ao livro.

Duas mulheres diferentes, mas com a mesma missão. Alaïs e Alice não se conheceram, mas há, o tempo todo, um ponto em comum entre as duas.

"Labirinto" é um daqueles livros que, a partir da metade, você quer terminar logo para saber o desfecho, porém, o final foi bem aquém do que esperava. Aliás, isto é bem comum nas minhas leituras, o final frustrante depois de uma trama bem construída.

Leia trecho do livro em PDF.

Próxima crítica: Um Bestseller pra Chamar de Meu, de Marian Keyes (saiba mais sobre o livro).

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