segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Saulo Vasconcelos em 'Priscilla, Rainha do Deserto'

Priscilla, Rainha do Deserto - O Musical, em março no Teatro Bradesco
Priscilla, Rainha do Deserto chega ao Teatro Bradesco em 17 de março. Os ingressos podem ser adquiridos a partir de hoje, 6 de fevereiro, e custam entre R$ 80 e R$ 250.

O elenco do musical reúne nomes consagrados do meio Luciano Andrey, André Torquato, Simone Gutierrez, Naíma, Andrezza Massei e Saulo Vasconcelos, que já esteve à frente de grandes produções como Les Misérables, A Bela e a Fera e O Fantasma da Ópera.

Veterano dos musicais, Saulo conta um pouco do que se pode esperar de Priscilla a partir de março em entrevista. Confira!

Enteatro - Priscilla é um musical diferente com músicas que animam a plateia no estilo de um grande show e que não serão versionadas. Quais são os desafios do seu novo personagem?
Saulo Vasconcelos - O desafio específico do Bob é muito interessante. Pra que não pensem em Priscilla como um musical "gay" ou qualquer tipo de estereótipo, o Bob entra em cena para conduzir o público "hétero" à trama. O sujeito que tem algum preconceito vai achar que é um espetáculo gay até que ele entre em cena. Bob é um mecânico, casado com uma filipina maluca que ele conheceu nos tempos da guerra do Vietnã. Numa bela noite de bebedeira, ele se casou com ela e, quando acordou de ressaca, lá estava ela ao lado dele na cama, com uma aliança de casamento no dedo. Eles voltam para a Austrália e ele vai tocando a vida. Um cara "normal", até que ele conhece Bernadette, uma das drag queens que fazem parte do espetáculo. Ele se apaixona por ela e traz a mensagem de que está tudo bem para o público. Somos todos parte de uma grande família. É possível um mecânico, australiano, desses que matam um crocodilo numa luta no braço, se apaixonar por uma drag queen. É polêmico. Mas se tirarmos as máscaras do estereótipo chegamos à conclusão de que no fundo, no fundo, duas pessoas se conhecem e se apaixonam. Simples assim. E esperamos que isso sensibilize as pessoas em torno do tema. Não é uma bandeira à causa gay. Mas é uma trajetória que quebra alguns tabus.
 
Enteatro - Você teve que mudar o visual para essa montagem. Pode contar um pouco da sua nova aparência?
SV - Deixei a barba crescer e estou tentando deixar o personagem ingenuamente bruto. Ingenuamente no sentido de que quem é bruto não interpreta, simplesmente é. E como meu personagem é mais velho, tem 48 para 50 anos, a barba ajuda um pouco. Faz o publico acreditar que, apesar de meus 38 anos, eu aparento ter 48.

Enteatro - Você esteve como protagonista nos principais musicais que foram montados no Brasil e até participou de montagens no México. Ainda falta um personagem que você quer viver em cena?
SV - Todo e qualquer personagem que tenha uma trajetória bonita e tenha algo pra dizer será sempre bem vindo! Às vezes, o papel tem um peso maior para o público; às vezes, um pouco mais modesto. Importante é continuar exercendo a profissão com dedicação e amor. Pode parecer discurso feito, mas na verdade ele é bem lógico e razoável. Papéis e músicas lindas existem aos montes por aí. É só uma questão de descobrir e explorar o que o mundo da arte tem a te oferecer. Com bom senso, claro.

Priscilla, Rainha do Deserto
Teatro Bradesco - Bourbon Shopping - Rua Turiassu, 2100, 3º piso.
Estreia em 17 março de 2012 - Quintas e sextas, 21h; sábados, 17h e 21h; domingos, 16h e 20h.
Telefone: (11) 3670-4100.
De R$ 80 a R$ 250. Classificação: Livre (menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsaveis legais).

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