sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A festa de Antonio Nóbrega no Teatro FECAP

Da Redação

Depois de destacar a dança em seus projetos recentes, Antonio Nóbrega sobe ao palco outra vez, agora para fazer uma festa completa. O artista volta a privilegiar a união do canto, da música e da dança – marca característica de sua trajetória – na temporada que faz nos dias 29, 30 e 31 de outubro no Teatro FECAP. Na ocasião, Nóbrega apresentará uma primeira versão de seu novo espetáculo, intitulado "Minha Festa".

No repertório, Nóbrega repassa canções de seus últimos discos, como "Carrossel do Destino" e "Romance de Riobaldo e Diadorim" (ambas do CD "Lunário Perpétuo", de 2002) e "Tirando a Casaca" (gravada no CD "Nove de Frevereiro - Volume 2", de 2006, em que, junto com o Volume 1, celebrou o centenário do frevo).

No trabalho de Nóbrega o lado instrumentista é tão importante quanto o de compositor e cantor. Prova disso é que ele abre o show tocando no violino e no bandolim, acompanhando-se pela sua competente banda, choros, frevos e Bach.

Além de dar voz às suas próprias obras, Nóbrega também imprime um tom autoral ao interpretar músicas de outros artistas. No show, ele apresenta as suas versões para "Xote da Navegação" e O "Velho Francisco", duas composições antológicas de Chico Buarque.

Ao longo de sua carreira, Nóbrega tem se destacado por cantar e tocar gêneros do Nordeste, como frevo, coco e maracatu. Mas ele mostra que também sabe interpretar outros gêneros populares, como o samba. No show, Nóbrega revisita três composições clássicas de Nelson Cavaquinho: Folhas Secas, A Flor e o Espinho e Minha Festa, que dá nome ao espetáculo.

Serviço: "Antonio Nóbrega"
29, 30 e 31 de outubro - Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h.
Teatro FECAP - Av. Liberdade, 532. - Tel. (11) 4003-1212.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).
Não recomendado para menores de 14 anos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

'Nº 298' estreia no espaço Casa Contemporânea

Da Redação

Estreia amanhã, 29, no espaço Casa Contemporânea, o espetáculo "Nº 298" do Núcleo de Pesquisa Teatral Parafernálios. A montagem é resultado de um ano e meio de pesquisa do núcleo, criado por alunos do curso superior de teatro da Universidade Anhembi Morumbi em 2008.

O tema central da pesquisa é a memória de uma casa e consequentemente dos objetos e pessoas que por ali passaram. A chave, o peão, o vestido, os vidros quebrados. A família que construiu a casa; uma madame que a perdeu após o falecimento do marido; moradores de rua que a ocupam, prostituta que a herda e empreiteiros com projeto de demolição.

Para dar um fio condutor a estas memórias está José, personagem esquecido e confuso, que transita e tenta, através de fatos e objetos, reconstituir histórias que aconteceram nesse espaço. O personagem, interpretado por todos os atores (cada um em um momento da peça) é a representação da própria casa tentando não deixar de existir.

Narra-se todas as ocupações e desocupações desde a construção até a demolição, de maneira poética e não cronológica. As músicas são pontos fortes do espetáculo e nascem a partir de poesias criadas pelo núcleo.

Serviço: "Nº 298"
Com Angela Consiglio, Edu Cesar, Jimena Peinado, Laís Loesch e Marina Gadioli.
Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h.
Casa Contemporânea - Rua Capitão Macedo, 370, Vila Mariana. - Tel. (11) 2337-3015.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cia. Brasileira de Ópera apresenta-se no Teatro Alfa a partir de hoje

Da Redação

A Cia. Brasileira de Ópera apresentará, de 27 de outubro a 3 de novembro, a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini, no Teatro Alfa, em São Paulo. Esta será a décima terceira cidade visitada pela turnê de estreia da Cia. – mais abrangente projeto de música erudita realizado no país nos últimos anos.

Com direção artística do maestro John Neschling e produção de José Roberto Walker, a Cia. levará a ópera O Barbeiro de Sevilha a 15 cidades brasileiras até novembro. A primeira apresentação nacional aconteceu em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, em junho passado. Em São Paulo, serão apresentadas oito récitas adultas (com 2h30 de duração) e duas infantis
(50 minutos).

O espetáculo apresenta proposta inovadora: cenários e personagens desenhados pelo cartunista ítalo-americano Joshua Held interagem com cantores reais, capturando a atenção de adultos e crianças.

Orçada em R$ 10,3 milhões, a Cia. recebeu apoio do Ministério da Cultura, do Banco do Brasil e da Petrobras.

"O Brasil tem uma grande tradição em ópera e um grupo enorme de artistas e cantores que não encontram as condições de exercer o seu trabalho de maneira adequada. Nossa idéia foi criar uma companhia bem estruturada, que atinja grandes públicos e, também, que ofereça aos profissionais uma possibilidade digna de sobreviverem com sua arte", explica John Neschling.

Com passagem por cidades das cinco regiões do país, a turnê de estreia da Cia. é um desafio de logística, explica José Roberto Walker, diretor executivo da Cia.: “A cada semana temos nos apresentado em um estado diferente. Isso significa um trabalho gigantesco para nossa equipe de produção, que precisa adaptar o espetáculo aos mais variados teatros no país”. Participaram de cada etapa da turnê mais de 70 artistas e técnicos. Até o final da temporada serão mais 200 profissionais envolvidos em todo o Brasil.

Além de Neschling, a Cia. também tem como regentes residentes os maestros Abel Rocha e Victor Hugo Toro. O diretor italiano Pier Francesco Maestrini assina a concepção cênica da ópera, e Walter Neiva e Mauro Wrona são diretores residentes.

Serviço: "O Barbeiro de Sevilha"
com Companhia Brasileira de Ópera.

Récitas adultas
- Dias 27, 28, 29 e 30 de outubro, às 21h
- Dias 31/10 e 2/11, às 19h
- Dias 1 e 3 de novembro, às 21h
Récitas infantis
- Dias 30 e 31 de outubro, às 16h

Teatro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro. - Tel. (11) 5693-4000.

Ingressos:
- Récitas adultas: R$ 30,00 a R$ 80,00
- Récita infantil: R$ 2,00

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cia. AmarGen apresenta 'Cura de Arte'

Da Redação

Em uma importante iniciativa no que diz respeito aos desenvolvimentos do ser humano, que envolvem a saúde da mente, o convívio social e interação cultural, a Cia. AmarGen, em conjunto com as atrizes Cristiane Paoli, Andrea Macera, Tica Lemos e outros parceiros, apresenta ao público as peças teatrais "Circo das Galáxias" e "Sobre Tomates, Tamancos e Tesouras". Além das montagens, o público contará com workshops, palestra e bate-papo. Os eventos fazem parte do Projeto Cura de Arte.

As apresentações acontecem no Sesc Santo André, de 26 a 30 de outubro. O Projeto Cura de Arte aponta para novos processos na área da saúde mental, propondo a arte como ferramenta no caminho para a cura e bem-estar.

A proposta engloba tanto pessoas em tratamento quanto artistas, por meio de recursos artísticos em hospitais psiquiátricos. O objetivo é auxiliar na recuperação dos pacientes e, consequentemente, na inclusão social de cada um dos participantes.

O entendimento de que a arte pode participar do caminho de cura na vida do ser humano vem se tornando cada vez mais evidente na sociedade brasileira.

"Um ser criativo é um ser em movimento, aquele que dança comemorando a vida. A presença da arte na vivência de todo ser humano nos aproxima do que há de mais sagrado em cada um de nós: a Essência", esclarece o psiquiatra, bailarino, palhaço e idealizador do Projeto Flávio Falcone.

Segundo ele, o palco oferece um contato dos pacientes com o público, proporcionando uma experiência extasiante e transformadora. "Eles se sentem valorizados. Melhoram a autoestima, diminuem ou perdem a timidez e, principalmente, ficam orgulhos ao serem vistos de forma diferente pela sociedade e por suas próprias famílias", conta Flávio, que também dirige a peça "Circo das Galáxias".

Serviço:
"O Circo Geral das Galáxias"

Um espetáculo de palhaço e dança, concebido por Flávio Falcone e dirigido por Andrea Macera, que fala sobre as relações de poder com muito bom humor. A Cia. AmarGen, produtora da peça, foi criada pelo psiquiatra, bailarino e palhaço Flávio Falcone. A iniciativa propõe a vivência de um processo artístico como um meio de expressão do indivíduo e iniciação no universo da arte.

Com pacientes psiquiátricos. Direção de Flávio Falcone.

Dia 30/10 - Sábado às 20h.
Teatro do Sesc Santo André.
Ingressos: R$ 8 (inteira); R$ 4 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Livre.

"Sobre Tomates, Tamancos e Tesouras"

O espetáculo retrata um crime, envolvendo o uso de tomates, uma tesoura, um tamanco e a apresentação de uma artista de cabaré. Por meio de flashbacks, o espectador conhece uma realidade deturpada dos fatos.

Com Andréa Macera. Direção de Rhena de Faria.

Dia 28/10. Quinta, às 21h.
Teatro do Sesc Santo André.
Ingressos: R$ 8 (inteira); R$ 4 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Não recomendado para menores de 12 anos.

Outras atividades:

BATE-PAPO – ARTE COMO CAMINHO
Proposta de discutir as possibilidades de utilização da arte como instrumento no auxílio para a transformação do ser humano, assim como na ajuda para tratamentos em hospitais psiquiátricos.

Com Cristiane Paoli Quito, Andréa Macera e Pedro Nebesnyj. Mediação Flávio Falcone.

Dia 30/10. Sábado, às 15h. Grátis.
Na Sala de Multiplo Uso.
Vagas limitadas. Retirar ingressos na bilheteria.
Não recomendado para menores de 12 anos.

PALESTRA - AS BASES DO HUMOR
Aborda os diversos aspectos do humor, buscando o aprimoramento em técnicas de criatividade, sociabilidade e autoconhecimento. Com a equipe do projeto "Comédia e Humor Brasileiros" (Morro do Riso).

Dia 28/10. Quinta, às 15h. Grátis.
Teatro do Sesc Santo André.
Vagas limitadas. Retirar ingressos na bilheteria.
Não recomendado para menores de 14 anos.

WORKSHOP - CURA E ARTE
Oficina Curtíssima de Palhaço
"Vamos lá", com Cristiane Paoli Quito - Prontidão, Desconstrução, Diversão e Desespero... Logicamente com muito lirismo.

Dias 26 e 27/10. Terça e quarta, das 13h às 18h. Grátis.
No Espaço de Eventos.
Vagas limitadas. Inscrições na Central de Atendimentos.
Não recomendado para menores de 16 anos.

CONTATO E IMPROVISAÇÃO
O contato improvisação baseia-se no toque e na troca de peso entre os corpos, criando uma dança que pode percorrer de um toque sutil de pele até carregamentos com transferência de pesos.

Com Tica Lemos, graduada pela SNDO (school for new dance development), em 1987, Amsterdã – Holanda. Tica introduziu o contato-improvisação no Brasil. É uma das fundadoras, diretora, professora e intérprete do Estúdio e Projeto Nova Dança e da Cia. Nova Dança 4.

Dias 28 e 29/10. Quinta e sexta, das 10h às 13h. Grátis.
No Espaço de Eventos.
Vagas limitadas. Inscrições na Central de Atendimentos.
Não recomendado para menores de 16 anos.

SESC Santo André - Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar. - Tel. (11) 4469-1200.

'Eu Estava Em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse'

Da Redação

Dando continuidade as comemorações de 10 anos de trajetória a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico reestreia o espetáculo "Eu Estava Em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse", de Jean-Luc Lagarce, autor contemporâneo francês mais montado na França e em toda a Europa. A montagem volta aos palcos de São Paulo no dia 26 de outubro, terça-feira, às 21 horas, no Espaço Elevador, sede da Cia. localizada no bairro da Bela Vista, onde cumpre temporada as terças e quartas-feiras até 15 de dezembro.

Em "Eu Estava Em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse" cinco mulheres de uma mesma família se deparam com a volta do filho, que esteve ausente por anos, sem dar notícias. Após sua chegada, ele cai desmaiado, e então essas mulheres confrontam suas imaginações e memórias, construídas durante este período de espera, com a realidade, fazendo um balanço de suas vidas e da relação entre elas. No espaço cênico, delimitado por um grande tapete de cor terra, apenas cinco cadeiras.

De acordo com Marcelo Lazzaratto, diretor do espetáculo, nas peças de Lagarce, o uso sistemático e aleatório dos fluxos de pensamento, memória e imaginação criativa, servem como contraponto a uma realidade que a cada dia faz com que as personagens se sintam mais solitárias e presas nos próprios processos mentais de significação. "Essas características fazem da dramaturgia de Lagarce algo único, genuíno, tão próprio, sem é claro, deixar de manifestar suas influências, um legítimo descendente de Samuel Beckett e Ionesco", afirma ele.

Imaginação e realidade

"Eu Estava Em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse" apresenta cinco mulheres, A Mais Velha, A Mãe, A Filha Mais Velha, A Segunda e A Mais Nova, no momento em que o rapaz neto/filho/irmão finalmente volta à sua casa, depois de anos ausente. A ausência do filho e, principalmente, a expectativa da sua volta, fez com que essas cinco mulheres passassem a se tornar seres criativos, se utilizando do instrumento da imaginação. Ou seja, cada uma delas, ao seu modo, com suas características, imagina, divaga, pensa, cria mundos, possibilidades de existência que, pra elas, são reais. E o que será que não é real na verdadeira imaginação?

"Essas cinco mulheres esperavam esse homem há muito tempo. Há anos sempre a mesma história, e elas nunca pensavam revê-lo vivo, se desesperavam por nunca terem tido notícias suas, nenhuma carta, nenhum sinal que tranqüilizasse ou lhes fizesse definitivamente renunciar à espera. Só que este filho, a suposta resolução de todos os problemas, chega e não faz nada, cai no meio da sala e não sabemos se ele está vivo ou morto. Ele está no quarto dele, parece que definhando. Então um grande choque de realidade abala estas mulheres", comenta Marcelo Lazzaratto. A peça é exatamente este momento posterior a queda do filho e a revelação de todas as imaginações, todas as criações, que elas fizeram a respeito dele e da volta dele, de como seria a vida com ele novamente, a revelação das relações entre elas, de como estas relações se dão. "Será que finalmente, elas vão obter algumas palavras e conseguir a verdade?", questiona o diretor.

Serviço: "Eu Estava Em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse"
com Carolina Fabri, Daniela Alves, Grácia Navarro, Juliana Pinho e Marina Vieira.
Terças às 21h.
Espaço Elevador - Rua Treze de Maio, 222, Bela Vista. - Tel. (11) 3477-7732.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 14 anos.

Estreia de 'Pipando... Onde Dormem os Pássaros'

Da Redação

O espetáculo "Pipando... Onde dormem os pássaros", promete dar uma nova visão ao universo devastador dos usuários de crack. Com criação e concepção inédita do bailarino e coreógrafo Pedro Costa, do Núcleo Artístico Pedro Costa, e trilha sonora original assinada por Andrei Ivanovic e Wilson Ferreira, o espetáculo guiará o público – através dos movimentos e sensações da dança contemporânea – nos caminhos tortuosos dos usuários da droga.

Ganhador do prêmio 8º Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, a montagem dialoga com a vídeo-arte, dança contemporânea, hip-hop, contato e improvisação para contar histórias desse universo em forma de dança. Em novembro, o espetáculo faz nova temporada nos Teatros João Caetano e Paulo Eiró, ambos em São Paulo.

"Pipando..." é um genuíno processo de investigação, que não se limitou aos livros ou a internet: os bailarinos Lúcia Weber, Sérgio Luiz, Márcio Dantas, Roger de Paula e Pedro Costa partiram para a pesquisa de campo e visitaram locais como a Praça da Sé, Praça Júlio Prestes, Largo Coração de Jesus e a Cracolândia, onde colheram entrevistas e depoimentos de usuários. Declarações de familiares, profissionais da saúde, agentes de saúde, sociais, policiais e visitas a clínicas de recuperação completam a pesquisa.

A coleta do material trouxe subsídios suficientes para que cada um dos cinco bailarinos compusesse uma galeria de personagens com vidas aparentemente normais, mas que acabaram se entregando ao vício, como uma mulher com ótima situação financeira que deixa os ambientes luxuosos que o dinheiro pode proporcionar para se tornar uma espécie de "zumbi" na Cracolândia, um auxiliar administrativo que perde o rumo no trabalho e encontra o vício, ou mesmo uma criança, que vive com o olhar voltado para o chão, em busca de alguma "pedra" caída, esquecida ou perdida.

"Pipando... Onde dormem os pássaros" levou os intérpretes-criadores a investigar sobre um universo em que as pessoas se submetem a uma dura realidade permeada de violência, crianças deformadas pelo poder voraz da droga, vivendo em um ambiente individualista, de desamor, opressão e de renúncia a qualquer auto-estima.

Serviço: "Pipando... Onde Dormem os Pássaros"
com Lúcia Weber, Sérgio Luiz, Roger De Paula, Marcio Dantas e Pedro Costa.
Não recomendado para menores de 12 anos.

Dias 27, 28, 29 e 30 de outubro às 20h.
Galeria Olido – Sala Paissandu - Avenida São João, 473. - Tel. (11) 3331-8399.
Ingressos: Grátis (retirar com uma hora de antecedência).

Dias 12, 13, 14 e 16 de novembro: terça e quarta às 21h, quinta às 19h e sábado às 20h.
Teatro João Caetano - Rua Borges Lagoa, 650. - Tel. (11) 5549-1744.
Ingressos: Grátis (retirar com uma hora de antecedência).

Dia 23 de novembro às 20h.
Teatro Paulo Eiró - Av. Adolfo Pinheiro, 765. - Tel. (11) 5546-0449.
Ingressos: Grátis (retirar com uma hora de antecedência).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

'Quarto do Nada' no Espaço Parlapatões

Da Redação

Os profissionais Fernando Ceylão e Lucianno Maza queriam trabalhar juntos, um escrevendo um texto, outro dirigindo uma comédia. Daí nasceu "Quarto do Nada", que após uma temporada de sucesso no Teatro N.Ex.T., reestreia dia 29 de Outubro de 2010 no Espaço Parlapatões. Ceylão é um reconhecido roteirista de programas de humor, ator e diretor em seriados no Canal Brasil e na TV Globo. Maza, o diretor, tem uma pesquisa teatral mais voltada ao drama e experimentação, sempre em torno da dramaturgia contemporânea - é também autor com livro de peças teatrais indicado ao Prêmio Jabuti. A conseqüência dessa mistura tão heterogênea de estilos resultou num espetáculo entre a comédia de humor negro e o drama mais ousado.

Para dar corpo (e mistérios) à comédia que transita entre assassinos envolvidos em falcatruas empresariais, mulheres viciadas em sexo com desconhecidos e homens que, ouvindo histórias constrangedoras, fazem roleta russa com suas companheiras, o diretor optou por ampliar o poder absurdo e caricato dos personagens.

"Quarto do Nada" é composto por três partes. Em cada uma delas o autor apresenta um casal numa espécie de spa urbano, um lugar exclusivamente para não se fazer nada. Em cena, um casal cuja relação é de marasmo e que se preocupa apenas em manter a família a qualquer custo, noivos que preparam seu casamento enquanto lidam com seus fetiches virtuais e um homem e uma mulher que se conheceram recentemente na Internet com interesses bem diferentes.

Com uma situação inusitada e histórias absurdas, o texto critica a falta de profundidade nas relações humanas de hoje, apostando no humor negro e numa tensão que se mantêm elevada durante toda a peça, despertando risos nervosos e até desesperados ao vermos até que ponto pode chegar os segredos de nossos companheiros.

Serviço: "Quarto do Nada"
com Carmela Paglioli, Luah Galvão, Regina Schirmer, Marcos Gomes, Fernando Fecchio e Renato Basila.
Sextas à meia-noite.
Espaço Parlapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158, Centro. - Tel. (11) 3258-4449.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 14 anos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Campanha 'Vá ao Teatro' disponibiliza ingressos a 5 reais

Da Redação

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, promove, pelo segundo ano consecutivo, a Campanha Vá ao Teatro. A partir de hoje, 22, os vouchers para mais de 80 peças em cartaz em São Paulo vão ser vendidos a R$ 5,00 nas bilheterias da campanha, montadas no Poupatempo da Luz, Santo Amaro, Itaquera e São Bernardo e em uma bilheteria móvel que vai circular pela cidade. Os vouchers podem ser utilizados de sexta-feira (29/10) a domingo (19/12). A produção é da APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte.

"Simplesmente eu, Clarice Lispector", com Beth Goulart; "A Gaiola das Loucas" com Miguel Falabella e Diogo Vilela; "Os 39 Degraus", com Dan Stulbach e Danton Mello; "A Aurora da Minha Vida", com direção Bárbara Bruno; "Avenida Q", musical com adaptação e direção de Charles Möeller e Claudio Botelho e os infantis "João e Maria", da Le Plat Du Jour e "A Revolução dos Bichos", da Cia. Fractal, fazem parte da lista de peças que participam da campanha.

As produções participantes disponibilizam de 10% a 40% da sala de espetáculo em todas as apresentações para a campanha. O Governo de São Paulo paga às produções o valor da meia-entrada, até um valor máximo de R$ 30,00. O público paga apenas R$ 5,00.

Serviço - "Campanha Vá ao Teatro"
Realização: Governo de São Paulo
Produção: APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte

Bilheterias:
Poupatempo da Luz - Praça Alfredo Issa, 57 (próximo à Estação Luz do Metrô)
Poupatempo Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 176 / 258 (próximo ao Largo Treze de Maio)
Poupatempo Itaquera - Av. do Contorno, 60 (ao lado da Estação Corinthians-Itaquera do Metrô)
Poupatempo São Bernardo - Rua Nicolau Filizola, 100 – Centro
Ainda há uma Bilheteria móvel que vai circular pela cidade
Mais informações no site www.vaaoteatro.org.br

Inspirado em Guimarães Rosa, 'O Estranho Familiar' estreia no Teatro Ágora

Da Redação

Do mito de Narciso à arte contemporânea, a imagem refletida no espelho sempre exerceu fascínio. Partindo desse princípio e tendo o conto "O Espelho", de Guimarães Rosa, como inspiração, estreia hoje no Teatro Ágora, o espetáculo "O Estranho Familiar". A montagem, com direção de André Guerreiro Lopes – que também atua ao lado de Nadja Turenkko –, e Djin Sganzerla explora o universo de obstinação e loucura de um homem disposto a descobrir quem é a qualquer preço, procurando em um espelho seu eu verdadeiro.

Espetáculo de alta fisicalidade e impacto visual, "O Estranho Familiar" tem como base de criação a Mímica Corporal Dramática, técnica de teatro físico de Etienne Decroux. O projeto foi vencedor dos editais de montagem teatral do Programa de Incentivo ao Teatro Paulista da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e Prêmio Funarte Myriam Muniz.

A ação da montagem se passa ao mesmo tempo dentro e fora da mente do personagem principal. Em uma estranha sala de trabalho, impregnada de memórias, um homem passa anos obsessivamente absorto em sua experiência, ao mesmo tempo intensa e fugaz. Dessa tocaia permanente de sua própria imagem surgem figuras ao mesmo tempo estranhas e familiares reveladas pelo espelho.

Para o diretor e ator André Guerreiro Lopes o espetáculo ganha elementos de estranhamento e de absurdo. "Ao invés de se aproximar da psicanálise ou misticismo, o personagem faz sua investigação de si mesmo de forma pseudo-científica, solitária, observando por anos sua imagem refletida no espelho", conta André.

Atmosfera de estranhamento

Os atores André Guerreiro Lopes e Nadja Turenkko, formados na técnica de Etienne Decroux e membros permanentes da Companhia Teatral Theatre de l'Ange Fou, mantêm em "O Estranho Familiar" um registro de atuação híbrido, entre a ação real e a estilização, entre a recriação do mundo externo e a expressão das tensões internas do pensamento e da memória.

Para isso, a dupla de atores interage com um cenário móvel, luzes e projeções em vídeo criando uma atmosfera de estranhamento, onde textos são utilizados em palavras esparsas, pequenas frases, esboços de diálogos, como ecos do universo interior. Nadja Turenkko incorpora os diversos duplos especulares, as facetas externas que se revelam ao perturbado personagem principal, representado por André Guerreiro Lopes.

Serviço: "O Estranho Familiar"
com André Guerreiro Lopes e Nadja Turenkko.
Sextas e sábados às 21h30 e domingos às 20h.
Teatro Ágora - Rua Rui Barbosa, 672, Bela Vista. - Tel. (11) 3284-0290.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

'Castro Alves Pede Passagem' no Teatro Commune

Da Redação

"Castro Alves Pede Passagem" é uma peça brasileira, na linguagem simples, aprendida pelo seu autor, Guarnieri, nos botequins da vida ("da geração da Brahma, caipirinha e batida de limão", como diz no pessoal texto do programa). E, com honestidade e sinceridade, a estória do peta revolucionário que lutava pela abolição da escravatura, passa para o público - hoje, como em 71 - e como em qualquer época em que ainda sobreviva a emoção e a razão.

O espetáculo ambienta num programa de televisão passagens significativas da vida do poeta romântico, onde desfilam figuras que formaram a obra e a personalidade do autor, bem como a história de seu envolvimento com a atriz Eugênia Câmara, num bem logrado jogo metalingüístico. Para esta montagem, a produção terá a transmissão ao vivo, via internet, do programa “Esta é a sua Vida”, no qual se ambienta a peça, nos dias 16 de outubro, 13 de novembro e 04 de dezembro, através do site www.castroalvespedepassagem.com.br

Serviço: "Castro Alves Pede Passagem"
com Antonio Netto, Mara Faustino, Níveo Diegues e Paulo Pompéia e grande elenco.
Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h.
Teatro Commune - Rua da Consolação, 1218. - Tel. (11) 3476-0792.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

'Risoterapia' no Teatro Eva Wilma

Da Redação

Em sua 4ª edição, o projeto 5ª Cultural traz o espetáculo “Risoterapia” ao Teatro Eva Wilma. A montagem é uma comédia com texto e interpretação de Nilton Rodrigues e o enredo é conduzido por cinco personagens (o médico que desenvolveu o método da Risoterapia como cura, a Pessimista, o paciente com TOC, a botocada e a atriz).

A loucura, as neuroses, os preconceitos, o estresse contemporâneo e outras questões relevantes da sociedade são temas do espetáculo, que, de forma bem humorada, proporciona reflexão e riso aos espectadores. A concepção do espetáculo foi inspirada nas obras literárias “ A História da Loucura” de Michel Foucault, e “A casa dos Delírios” de Douglas Tavolaro.

As ações em Risoterapia não se desenvolvem apenas no espaço de um palco, já que são utilizados modernos recursos tecnológicos para complementar a idéia da trama, com a exibição de imagens de personagens e pacientes que supostamente teriam sido tratados pelo terapeuta maluco, com as participações da atriz Rosi Campos, que encarna uma terapeuta que não bate bem e Tadeu di Pietro, responsável por dar vida a mais um estranho personagem-cirurgião plástico.

Serviço: "Risoterapia"
com Nilton Rodrigues.
Quinta, 21/10, às 21h30.
Teatro Eva Wilma - Rua Antônio de Lucena, 146, Tatuapé. - Tel. (11) 2090-1650.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia) - sendo que na compra antecipada, o valor da inteira fica R$ 40,00 e a meia R$ 20,00.
Não recomendado para menores de 12 anos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

'Casting' com Caco Ciocler

Guilherme Udo
Editor de Teatro

A partir de um fato que presenciou nos anos 90, o autor e diretor teatral Aleksandr Gálin (nascido em 1947) escreveu "Casting", comédia de costumes sobre os testes realizados em um velho cineteatro de uma cidade russa para a seleção do elenco feminino de um grande espetáculo a ser produzido em Singapura.

Em 2002, o diretor Marco Antônio Rodrigues e a atriz Joana Mattei assistiram a uma montagem alemã do texto, se encantaram com ele e começaram a trabalhar por sua encenação no Brasil, o que só acontece agora, com tradução de Aimar Labaki e Elena Vássina.

A história

O anúncio veiculado em um jornal da cidade anuncia os testes para mulheres com habilidades artísticas visando a montagem de um show que será apresentado em Singapura. O velho e agora fechado cine Cosmos é o cenário único da peça que mostra os testes, os equívocos gerados pelo anúncio, as esperanças e frustrações das candidatas. É ali que, às voltas com o produtor Albert (Caco Ciocler), as candidatas - e depois seus maridos -, descobrem que esse show não é tão inocente quanto pensavam.

Da indignação partem para a constatação de que show erótico em Singapura é muito melhor do que o nada a fazer naquela cidade, naquele país. Mas será que o empresário japonês encarregado das contratações aceitará mulheres não exatamente "muito bonitas e muito jovens"? A resposta poderá ser desvendada ao final dessa deliciosa comédia que faz jus à melhor tradição satírica russa.

A montagem

O elenco brasileiro se saí muito bem na encenação dessa comédia que foge do estereótipo da maioria das peças do gênero em cartaz na cidade. Apesar de querer divertir a plateia, percebe-se um tom de crítica que leva o espectador a pensar toda a história e digerir aquela informação.

O riso não é um elemento gratuito, mas vem como fruto de questões que mexem com o ser humano, como a venda do corpo, o trabalho não valorizado, a necessidade de ser famoso...

Destacam-se Ricardo Oshiro, que passa a peça inteira falando em japonês, fazendo um brilhante trabalho corporal e Nani de Oliveira que arranca risadas facilmente da plateia e tem um desempenho e timing cômico certeiros.

A direção preza por marcações delimitadas, mas que ajudam na encenação que em alguns momentos contam com uma projeção. A iluminação é pontual e ajuda a conduzir a história de forma suave e sem causar grandes rupturas.

Um bom divertimento aliado a uma boa discussão é o que se pode ter ao assistir a peça "Casting".

Serviço: "Casting"
Com Aline Moreno, Bete Dorgam, Bia Toledo, Caco Ciocler, Flávio Tolezani, Heitor Goldflus, Nani de Oliveira, Natalia Gonsales, Nicolas Trevijano, Ricardo Oshiro e Selma Luchesi.
Quintas às 21h30 e Sextas, sábados e domingos, às 20h.
Teatro Nair Bello - Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569, Consolação. - Tel. (11) 3472-2414.
Ingressos: de R$ 20,00 a R$ 30,00.
Não recomendado para menores de 16 anos.

'O Pelicano' em cartaz no Viga Espaço Cênico

Da Redação

"O Pelicano" está em cartaz no Viga Espaço Cênico em São Paulo. A trama tem a direção de Denise Weinberg e é mais um trabalho da Cia. Mamba de Artes. O espetáculo promete envolver o público mais ainda no universo do sueco Johan August Strindberg (1849 - 1912), um dos mais importantes dramaturgos da história.

Na peça, quando o pai morre, a família começa a viver uma forte decadência financeira, o que acaba culminando em uma necessidade de reaproximação afetiva entre todos os seus membros, afeto esse esquecido com o tempo. Tal necessidade leva mãe, filho, filha, genro e governanta a perambularem pelos corredores da casa remoendo suas angústias, passando humilhações, vexames, privações, fazendo revelações escandalosas e ouvindo insultos uns dos outros.

A mãe (Sheila Gonçalves) que se vangloria em ser o pelicano para seus filhos, a ave que dá seu próprio sangue para alimentar a cria, se revela uma mulher infame, calculadora, diabólica, perversa, obscena, que matou seu marido de desgosto, casou sua filha (Patricia Castilho) com seu próprio amante (Flavio Baiocchi), e condenou seu filho (Flavio Barollo) a um desespero alcoólico.

A governanta Margret (Lilian Blanc) vaga durantes anos nesta casa soturna e fria, testemunhando a avareza, a amoralidade, a fome e o frio desta família que se mantém apegada aos valores burgueses, sempre mantendo as aparências acima de tudo.

A peça recebeu o convite da direção do Teatro Íntimo de Estocolmo, o próprio teatro fundado pelo Strindberg, para se apresentar lá em 2012. Esse será o ano do centenário da morte do autor.

Serviço: "O Pelicano"
com Flavio Barollo, Flavio Baiocchi, Patricia Castilho e elenco.
Sábados às 19h e às 21h e domingos às 19h.
Viga Espaço Cênico - Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros. - Tel. (11) 3801-1843.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Crianças aprendem ciencia no palco em 'Big Big Bang Boom'

Da Redação

Não é comum falar de ciência no teatro, e para crianças, menos ainda, mas a partir de 16 de outubro, no Teatro da Memória no Instituto Cultural Capobianco, o Núcleo Arte e Ciência no Palco da Cooperativa Paulista de Teatro estreia seu novo espetáculo infantil: "Big Big Bang Boom!"

A peça traz três personagens: Maria e seus dois amigos Big e Bang, que a ajudarão a colocar ordem em um universo de coisas espalhadas pelo espaço. São restos de fantasias, pedaços de sonhos, de carros alegóricos, numa alusão ao Carnaval e ao conceito de caos e ordem na astronomia e em nossas vidas.

O espetáculo

Uma menina chamada Maria quer saber algo que ninguém havia imaginado perguntar antes.

Nas nuvens, seu mundo criativo, encontra dois seres estranhos, Big e Bang. Eles a convidarão a colocar ordem num universo de coisas espalhadas pelo espaço. São restos de fantasias, pedaços de sonhos, partes de algo que algum dia teve significado. Um lugar que nos faz lembrar um depósito do que poderia ter sido o carnaval passado.

O desafio de Big, Bang e Maria é montar os carros alegóricos, como num grande quebra-cabeça. Procurando achar e conectar todas as suas partes, tendo como guia sua representação no céu através de estrelas que formam sua constelação. O enredo aborda pontos significativos da história da ciência astronômica. São montados os carros da Luneta, do Sistema Solar, da Lua, do Eclipse, da Ficção Científica e por último o carro da Terra.

No desenvolver da narrativa surgem os tios de Maria, na tentativa em diversas situações, de trazê-la do mundo das nuvens em que se meteu. Mas, a cada momento em que as conexões são feitas, e um carro é montado, algo dela se perde misteriosamente. Sua boneca, seu laço, suas botas, sua bolsa e por último sua razão - brincando com o crescimento e o desapego - resta o carro da Terra, onde mora nosso eu, onde estão todas as coisas perdidas, trazendo definitivamente Maria para o mundo real. Na Terra estão as conexões, as respostas, nosso eixo de relacionamento com todo o universo.

Mas afinal, qual será a pergunta que Maria tenta fazer?

Serviço: "Big Big Bang Boom!"
com Adriana Dham, Monika Ploger, Cleber Martins e Luciana Mizutani (stand-in).
Sábados e domingos às 16h.
Teatro da Memória - Instituto Cultural Capobianco - Rua Álvaro de Carvalho, 97. - Tel. (11) 3237-1187.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

sábado, 16 de outubro de 2010

'Brechó' - Reality Theater

Da Redação

O espetáculo "Brechó" é um "reality theater". O público - denominado de "Estilista" - participa ativamente, tomando decisões, através de sorteio dos dez textos inéditos, escritos pelos próprios atores, que entram em cena, sem saber qual texto irão representar.

A peça não tem nenhum improviso e a grande surpresa para todos os atores - que já têm os 10 textos decorados - fica por conta dos personagens daquele dia.

Portanto, "Brechó" é um espetáculo que pode e deve ser visto diversas vezes. Basta criar uma torcida para experimentar uma deliciosa forma de ver o mesmo texto, sendo interpretado e conduzido por diversos atores.

O "Dono do Brechó" (apresentador), organiza "Cabides" (textos) e o público elege – através de rápida votação - ao final do espetáculo: O "Top Model" (que ganha a imunidade da semana. Somente ele saberá qual texto irá interpretar na semana seguinte) e o "Maltrapilho" (que perde o direito de participar do espetáculo).

"Acredito que esta nova forma de conduzir a dramatização e concepção pode ser definida como 'reality theater'. O público pode, explicitamente, realizar sua torcida para o ator que mais emocionou e divertiu naquela noite, mas também pode torcer pelo erro do ator em cena, que é uma grande tendência/sensação teatral do momento.", comenta o diretor da peça, Alan Pires.

Serviço: "Brechó"
com Maitê Diniz, João Junior, Pedro Duran, Ordilei Haine, Caio Barros, Camila de Paula, Fernanda Cardoso, Cissa Lourenço, Djalma Campos, Faby Veras, Paulinha Vezani e Caroline Diogo.
Domingos às 20h.
Teatro Bella - Rua Rui Barbosa, 399, Bela Vista. - Tel. (11) 3283-2789.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Livre.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Débora Falabella estreia a peça 'O amor e outros estranhos rumores' no TUCA

Da Redação

Ao completar seus cinco anos de atividades na cena brasileira, o Grupo 3 de Teatro traz para o palco a originalidade, o humor e o fantástico que marcam a obra do escritor mineiro Murilo Rubião, autor dos três contos, adaptados por Silvia Gomez, que compõem o espetáculo "O amor e outros estranhos rumores", dirigido por Yara de Novaes e estrelado por Débora Falabella, Maurício de Barros, Rodolfo Vaz e Priscila Jorge, que estreia amanhã.

Mestre brasileiro do realismo fantástico, Murilo Rubião (1916-1991) teve três contos selecionados para essa encenação: O Contabilista Pedro Inácio, cujo personagem contabiliza os custos de um amor; Bárbara, em que um marido resignado se vê diante dos pedidos incessantes e nada comuns da esposa, que engorda a cada desejo satisfeito; e (Três nomes para) Godofredo, uma interpretação aguda sobre o casamento e a solidão. Risíveis e absurdas, essas histórias compõem um espetáculo que busca expressar o quanto há de ordinário e, ao mesmo tempo, extraordinário em nossas vidas.

A obra de Murilo Rubião permaneceu praticamente desconhecida para o grande público durante mais de três décadas. A reedição do seu livro de contos O Pirotécnico Zacarias, em 1974, o tiraria do esquecimento, transformando-o praticamente em um best-seller nacional, admirado pelos leitores e por intelectuais do porte de Mário de Andrade que, em 1943, escreveu “o mais estranho é o seu dom forte de impor o caso irreal. O mesmo dom de um Kafka: a gente não se preocupa mais, é preso pelo conto, vai lendo e aceitando o irreal como se fosse real, sem nenhuma reação mais”.

Na equipe de criação do espetáculo, André Cortez é o cenógrafo, Morris Picciotto compôs a trilha sonora, a iluminação é de Fabio Retti e Fábio Namatame assina figurinos e visagismo. A adaptação ficou a cargo de Silvia Gomez, autora de O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade. A direção de produção é de Gabriel Fontes Paiva.

Serviço: "O amor e outros estranhos rumores"
com Débora Falabella, Maurício de Barros, Rodolfo Vaz e Priscila Jorge.
Sextas e sábados às 21h30 e domingos às 19h.
Teatro TUCA - Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes. - Tel. (11) 2626-0938.
Ingressos: de R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

'Dia Feliz' mistura música e comédia

Da Redação

Os atores Marcos Tumura – consagrado ator de musicais, atualmente no ar na novela Ti-Ti-Ti, Fabio Yoshihara – que atuou em RENT, Les Misérables, Godspell, Miss Saigon – e Jonathas Joba – A Bela e A Fera, Chicago, O Fantasma da Ópera, Avenida Q - juntaram seus talentos para apresentar um espetáculo "brega" e "kitsch".

O trio de atores, conhecido principalmente pelas montagens de teatro musical, estará a partir de 15 de outubro em cartaz no Teatro Nair Belo, no Shopping Frei Caneca, com a peça "Dia Feliz".

Em cena, Tumura, Yoshihara e Joba interpretam, de maneira bem-humorada, músicas que fizeram sucesso nas décadas de 70 e 80 – o que inclui clássicos de Vanusa, Amado Batista, Ângelo Máximo, Jane e Herondy, Kleiton e Kledir, Wanderley Cardoso. Os hits "Cadeira de Rodas", "Secretária", "Nuvem Passageira", "No Hospital", "Evidências", "Manhãs de Setembro" e "Domingo Feliz" integram a seleção musical.

Com interpretações debochadas, irônicas e literais, esta comédia musical conduz a plateia a fazer parte do show, relembrando hits e cantando com os atores.

Serviço: "Dia Feliz"
com Marcos Tumura, Fábio Yoshihara e Jonathas Joba.
Sextas e sábados às 23h30.
Teatro Nair Belo - Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569, Consolação.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia).

'O Conto do Reino Distante' no Tucarena

Divulgação/João CaldasDa Redação

A atriz Ana Luisa Lacombe fecha o projeto "Trilogia Faz e Conta", que celebra seus 30 anos de carreira, no Tucarena com a apresentação de "O Conto do Reino Distante" até 21 de novembro. A montagem recebeu o APCA de melhor atriz e concorreu aos prêmios Femsa Coca-Cola de melhor texto e atriz em 2008.

Com "O Conto do Reino Distante" fecha-se a trilogia iniciada em agosto de 2010 com as temporadas dos premiados "Fábulas de Esopo", seguido por "Lendas da Natureza", ambos também contemplados por prêmios como APCA e Coca-Cola FEMSA (melhor atriz).

"O Conto do Reino Distante" é uma aventura que aborda temas antigos num viés diferente, e põe no palco a busca do crescimento, da superação e da perplexidade do indivíduo perante o mundo. Com estrutura de conto de fada, o espetáculo mostra o rito da passagem da infância para o mundo dos adultos.

A história

O Reino Distante espera o nascimento de um príncipe, o genuíno herdeiro do reino. Mas nasce uma menina, que passa a maior parte de sua infância tecendo e bordando, trancafiada em uma torre. Suas únicas amigas eram as minúsculas formigas. No momento certo, ela deixará sua pacata vidinha para se transformar na heroína da história, escapando da torre e enfrentando a bruxa para recuperar o reino.

Serviço: "O Conto do Reino Distante"
com Ana Luisa Lacombe.
Sábados e domingos às 16h.
Tucarena - Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes – Entrada pela Rua Bartira. - Tel. (11) 2626-0938.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Não recomendado para menores de 5 anos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estreia do espetáculo 'Ouvir Estrelas'

Da Redação

Onde você estará em 2062?

"Ouvir Estrelas" é uma peça teatral que fala das relações entre amigos, cujo pano de fundo é a passagem do Cometa Halley sobre a Terra no ano de 1910 que causou uma comoção na população que acreditava que o mundo iria acabar. Muita coisa mudou desde então, com a última passagem do cometa em 1986, mas outras nem tanto.

Este foi o impulso inicial para criar o espetáculo “"Ouvir Estrelas"”, já que o homem sempre foi um observador do céu. Sempre buscou lá em cima explicações para as coisas daqui de baixo. E é com os olhos voltados para nossa casa, o planeta Terra, cujo equilíbrio vem sofrendo ameaças irreparáveis, diferente do suposto fim do mundo imaginado em 1910 e que hoje está mais para realidade do que para ficção, que "Ouvir Estrelas" dará sua contribuição.

Informações, vídeo e fotos no site www.ouvirestrelas.com.br

Serviço: "Ouvir Estrelas"
com Carol Ferretti, Cláudia Braga, Daniel Kronenberg e Flávio Cescon.
Quinta a sábado às 21h e domingo às 20h.
Teatro Sergio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista. - Tel. (11) 3288-0136.
Ingressos: de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Livre.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

'Chapeuzinho Vermelho' no Dia das Crianças

Da Redação

Tudo começa como uma grande brincadeira, onde duas palhaças descobrem um armário cheio de chapéus. Estes chapéus as conduzem por uma “viagem de brincadeiras”, onde o fio condutor é dado pela história de Chapeuzinho Vermelho. Ora contam a história, ora brincam com os elementos da mesma, ou seja, há uma tônica constante no fato de serem duas palhaças tentando fazer o melhor para conseguirem contar a história...

Os chapéus definem os personagens. Quando os colocam tornam-se a Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, a Mãe, a Avó e o Caçador. Quando os tiram transformam-se em palhaças, tornando-se clara a "brincadeira dentro da brincadeira", assim como a linguagem do teatro dentro do teatro.

Baseados na versão dos Irmãos Grimm, a Cia inventou a própria versão de Chapeuzinho Vermelho. Os recursos que utilizam são inúmeros, desde coreografias de dança e de movimentos clownescos até a utilização de instrumentos musicais; passando pelo canto, pela farsa, mímica, a manipulação de objetos, teatro físico, pelo lúdico, nonsense... Enfim, pela linguagem do palhaço que tentam explorar em sua maior amplitude e abrangência.

Nesta versão de "Chapeuzinho Vermelho", o Le Plat du Jour e o diretor Fernando Escrich optaram por fazer um espetáculo divertido e visualmente interessante para crianças de todas as idades, sem perder de vista um fator muito importante: o de quem as leva ao teatro. E foi pensando nisso que idealizaram um espetáculo que possibilite também ao adulto o prazer de estar ali.

Serviço: "Chapeuzinho Vermelho"
com Alexandra Golik e Carla Candiotto.
Dia 12 de outubro às 16 horas e temporada de 16 a 31 de outubro aos sábados e domingos às 16 horas.
Teatro do Centro da Terra - Rua Piracuama, 19, Sumaré. - Tel. (11) 3675-1595.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
Não recomendado para menores de 5 anos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

'Quem ri por último é loira ou português'

Da Redação

Hoje reestreia o show "Quem Ri Por Último é Loira ou Português" no Teatro Bibi Ferreira. Em cartaz desde 2001, o espetáculo mostra a versatilidade do humorista Jorge Paulo que, sozinho em cena, atua em várias situações e interpreta diferentes personagens dispensando o famoso banquinho e o microfone! “É uma mistura do estilo Stand Up Comedy com personagens e imitações”, define o ator e autor da peça.

Satirizando o cotidiano e programas de TV, o comediante faz diversos personagens como criança, bêbado e paranormal, além de imitações de famosos, como Roberto Carlos e Clodovil. No palco, o ator também discute sobre as vantagens e desvantagens da vida de um casal e muito mais!

"Quem Ri Por Último É Loira Ou Português" é um show versátil, dinâmico e interativo, que tem como objetivo levar o bom humor e a alegria ao público.

Sobre o ator

Jorge Paulo tem 20 anos de carreira e acumula mais de 23 peças em seu currículo. Nos palcos fez “Um Show de Humor” ao lado de Rony Rios, a “Velha Surda” da “Praça é Nossa”, e “Causos da Vida Modern@”, entre outras. Nas telinhas da TV participou da novela “Revelação” e foi protagonista das pegadinhas do “Programa Silvio Santos”, ambos na emissora SBT. Trabalhou também como radialista e locutor. E agora está tentando entrar no Guiness Book como o detentor da maior coleção de livros de piada, com mais de 700 exemplares.

Promoção do Enteatro:
Quem imprimir esta página e apresentar na bilheteria do teatro paga meia entrada.

Serviço: "Quem Ri Por Último É Loira Ou Português"
com Jorge Paulo.
Segundas às 21h00.
Teatro Bibi Ferreira - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 931, Bela Vista. - Tel. (11) 3105-3129.
Ingressos: de R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).
Não recomendado para menores de 14 anos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

'Vá ao Teatro' recebe inscrições de produções teatrais e circenses

Da Redação

Até segunda-feira, 11, o Governo de São Paulo e a Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) recebem projetos de espetáculos de teatro e circo interessados em participar do "Vá ao Teatro 2010". Os inscritos precisam realizar apresentações em São Paulo entre os dias 29 de outubro e 19 de dezembro, tempo de vigência da campanha, que visa difusão cultural e formação de público, por meio da venda de ingressos a preços populares.

A produção pode disponibilizar de 10% a 40% da sala de espetáculo em todas as apresentações ou optar por uma sessão exclusiva do "Vá ao Teatro", em horário vespertino em um domingo.

O regulamento está disponível no site www.vaaoteatro.org.br. A ficha de inscrições e documentos devem ser enviados para a APAA (Rua Dr. Tomás Carvalhal, 296 - Paraíso - São Paulo - SP - CEP: 04006-000). Mais informações pelo telefone (11) 3882-8080, com Alcioni.

A venda dos vouchers para o público, a R$ 5,00, começa na sexta-feira, 22, em pontos da cidade. Os ingressos podem ser utilizados de sexta-feira, 29, a domingo, 19 de dezembro. O Governo de São Paulo paga às produções o valor da meia-entrada da peça, até um valor máximo de R$ 30,00.

Em 2009, a Campanha reuniu 116 produções e vendeu mais de 47 mil ingressos.

'Rockantygona' no SESC Santana




Da Redação

Baseada no clássico grego de Sófocles, a peça "Rockantygona" traz à luz discussões atemporais, como o direito privado administrativo, as diferenças entre moral e ética e sobre a importância do indivíduo perante os interesses do Estado.

Tudo começou, há dois anos, quando Guilherme Leme e Larissa Bracher procuravam um texto para encenar. Ao lerem vários, depararam-se com o clássico Antígona, de Sófocles, e decidiram por uma encenação moderna. "Foi um desafio muito grande. A peça fala sobre intransigência e a discussão é totalmente atual. Antígona é uma personagem muito forte e trabalhar com o Melo foi incrível", garante a atriz, que protagonizou a temporada carioca, agora substituída por Miwa Yanagizawa, nas apresentações paulistanas.

A história conta a trajetória de Antígona (Miwa), que deseja enterrar o seu irmão Polinice, o qual atentou contra a cidade de Tebas. Porém, o tirano Creonte (Luís Melo) impede que os mortos que atentaram contra a cidade fossem enterrados, uma ofensa para a família do morto. Com isso, Antígona desafia as leis e enterra o irmão sozinho, sendo depois capturada e condenada à morte por Creonte.

Depois da temporada na cidade do Rio de Janeiro, Armando Babaioff, que encarna Hémon, filho de Creonte, continua empolgado com a montagem. "Quero sempre experimentar. Partir do zero, desconstruir um clássico para trazer à cena. Para mim, o processo é mais importante que o resultado".

"Estamos todos contando essa história. É uma versão nossa do mito. Antígona já foi encenada de todas as maneiras e conseguir retirar o clássico de um patamar, humanizá-lo e trazê-lo mais próximo das pessoas são o nosso objetivo", declara Luís Melo.

O diretor Guilherme Leme, também em cartaz no monólogo O Estrangeiro, cercou-se de uma ficha técnica de respeito. Além da participação dos atores na construção do texto, o trabalho é supervisionado pelo dramaturgo premiado Caio de Andrade. Ele conta que os dois estudaram juntos todas as versões da tragédia e do mito de Antígona.

O cenário é assinado por Aurora dos Campos, já parceira de Guilherme em três peças anteriores. Marcelo H é responsável pela trilha sonora. Ele, que esteve nos últimos cinco espetáculos do diretor, opera, em Rockantygona, o som ao vivo diante do público, comentando as cenas, por meio de um microfone.

Para Guilherme, Marcelo faz o papel da mídia, informando o povo sobre os acontecimentos, em uma versão moderna do Corifeu, da tragédia grega. "A trilha foi composta originalmente para esta produção. Estamos usando guitarras distorcidas e som pesado para dar o tom apropriado", diz Marcelo.

"É uma montagem que tem de ser encenada com a pulsação e a adrenalina de um show de rock", completa Luís Melo, justificando o título da peça.

Serviço: "Rockantygona"
Com Luís Melo, Miwa Yanagizawa, Armando Babaioff e Marcello H.
Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h30.
Teatro SESC Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579. - Tel. (11) 2971-8700.
Ingressos: de R$ 5,00 a R$ 20,00.
Não recomendado para menores de 16 anos.

'A criança mais velha do mundo'

Da Redação

Uma pequena fábula musical que brinca, com humor e poesia, com as dimensões do tempo – ontem, hoje, amanhã - na vida de Magnólia, uma criança de 90 anos é o que o Núcleo de Criação Banda Mirim vai contar na peça infantil "A criança mais velha do mundo", de Marcelo Romagnoli, com direção de Cláudia Missura.

O espetáculo utiliza projeções e música ao vivo para contar a história de Magnólia, uma menina curiosa de seis anos, que se prepara para uma viagem com o pai para comemorar o aniversário da prima, fora da cidade. Enquanto isso uma velhinha alegre e de bem com a vida também está se arrumando para uma festa, a comemoração dos 90 anos de sua melhor amiga.

O cruzamento destas duas histórias e o encontro dos personagens num campo de algodão vai revelar esse misterioso enigma que é o tempo na vida de todas as pessoas.

O Tempo na Infância

"A criança mais velha do mundo" pretende discutir alguns aspectos da formação da infância e no entendimento dos pequenos sobre o tempo, além de “filosofar” sobre as dimensões em relação a acontecimentos do passado, presente e futuro.

A principal característica do desenvolvimento da inteligência na criança é a curiosidade. Ela fica mais perguntadora, percebe as mudanças ao seu redor e quer saber por que elas acontecem.

Mas a noção temporal nessa idade ainda é muito rudimentar. A compreensão do ontem e amanhã passa a se desenvolver depois dos cinco anos, quando a criança tem noções mais claras de tempo e espaço.

O espetáculo, com sua forma fabular, trata com as noções de agora, ontem, hoje, amanhã, antes, depois, noite, dia, novo, velho, com humor e música, buscando a delicadeza e apoiando-se na força poética que só o teatro pode oferecer.

Serviço: "A criança mais velha do mundo"
Com Luciana Paes, Thiago Amaral e Claudia Dorei.
Sábados e domingos às 16h.
Teatro Alfa - Sala B - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Sto. Amaro. - Tel. (11) 5693-4000.
Ingressos: R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia).
Não recomendado para menores de 4 anos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

'Corra como um coelho' em cartaz no TUSP

Da Redação

"Corra Como um Coelho" é uma comédia em que o inusitado salta aos olhos do espectador já a partir da atmosfera que permeia o ambiente cenográfico. Em um palacete antiquado, repleto de objetos obsoletos como bichos empalhados, pratarias e poltronas empoeiradas, três personagens estão em cena: uma dondoca pós-moderna com tendências suicidas, um estrangeiro ingênuo, porém perigoso, e um curioso rapaz ferido.

Todos eles proclamam discursos duvidosos, provocando acidentes; são figuras pitorescas que habitam um cenário e fazem de tudo para manter as aparências. Perdidos num jogo entre o que é falso e o que é real, seus depoimentos tragicômicos promovem um mergulho no ridículo de suas existências. O esforço constante em sustentar a ilusão faz com que cheguem a situações patéticas, capazes, porém, de questionar a condição do artista do espectador e da própria arte. São figuras precárias que fogem como o coelho atrasado de Alice, mas se perdem como quem anda em círculos no meio de uma floresta.

Serviço: "Corra Como um Coelho"
Com Carolina Bianchi, Pedro Cameron e Tomás Decina.
Sextas e sábados às 21h e domingos às 20h.
TUSP - Maria Antônia, 294, Vila Buarque. - Tel. (11) 3259-8342.
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Não recomendado para menores de 12 anos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

'Alice' no Teatro Oficina

Da Redação

A performance Alice, da Cia. Espaço em Branco, de Porto Alegre, estreia em São Paulo no Teatro Oficina. Com concepção, direção e atuação de Sissi Venturin, o monólogo é uma livre adaptação de dois livros de Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho. A atriz divide a atenção do espectador com projeções visuais psicodélicas e surreais, casando com o clima absurdo da obra. O stop motion Rainha pela Boca foi criado especialmente para o espetáculo pela diretora em parceria com Leonardo Remor.

A dramaturgia reúne fragmentos das obras originais com o crédito das personagens. São diálogos de Alice consigo mesma, ou melhor, com os seres de seu sonho, como o Coelho Branco e a Rainha Vermelha. Em cena, a atriz interpreta dez personagens, destaque para a lagarta fumante e a composição da Rainha de Copas.

Além de variações na postura corporal e na entonação vocal, a atriz usa adereços cênicos (por ela escolhidos) para caracterizar as personagens. Destaque para o figurino da Rainha de Copas, com coroa, óculos de espelhos e gola vitoriana. Ela usa as agulhas das tessituras de Alice para alinhavar o próprio pescoço, enquanto anuncia a sentença de morte da personagem-título.

"O tom da encenação é onírico e o texto, metafórico, sem separar o palco da platéia. O objetivo é fazer um espetáculo diferente em cada apresentação por causa da participação das pessoas", diz Sissi Venturin. A encenação é simples, rica em significado e busca o encontro entre artista e espectador.

Buraco escuro

Convidado de um banquete de desaniversário, a hora do chá, o público faz parte da peça. No mesmo nível da platéia, o palco é delimitado por pratos com novelos de lã, fio condutor da narrativa, e xícaras, onde 12 espectadores podem sentar em almofadas no chão, em círculo. A proposta é fortalecer a ideia de "buraco escuro do Coelho Branco", onde Alice cai (seu inconsciente), após adormecer. A platéia fica ao redor dessa área.

Após sair de um casulo de tule pregado no teto do teatro Oficina, Alice chega por rapel. Ao tocar o solo, pega um novelo de lã, começa a tecer e a girar. Ao rodar, seu corpo se enreda no fio vermelho. Ela só se desvencilha das amarras mais tarde, quando ao público serão oferecidos objetos cortantes, como facas, tesouras e estiletes, para que a liberte. O espectador tem com o espetáculo uma relação além de visual, tátil. O paladar é outro sentido explorado.

Feito de morango, o coração de Alice "que é uma bomba" explode. Ela cai, rompe a barriga soltando um grito estridente e jorram de seu corpo marshmallows em forma de coração. Paralisada sobre o palco, diz ao público: "Coma-me", "Beba-me". Oferece seu coração em forma de suco de morango, batido e adoçado na hora. As duas frases, presentes no primeiro livro de Carroll, são mote para a criação da cena, que também reverencia as obras Canibalismo e Baba Antropofágica (ambas de 1973), de Lygia Clark.

No final do espetáculo, as lãs coloridas dos pratos dos convidados são presas no cinto de fita vermelha da Rainha de Copas. Ela sai de cena levando o fio condutor. Nesta narrativa, todos os caminhos pertencem a ela.

Serviço: "Alice"
com Sissi Venturin.
Quartas às 21h00.
Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona - Rua Jaceguai, 520, Bixiga. - Tel. (11) 3106-2818.
Ingressos: de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Livre.

Caco Ciocler volta para São Paulo com a peça 'Casting'

Da Redação

A partir de um fato que presenciou nos anos 90, o autor e diretor teatral Aleksandr Gálin (nascido em 1947) escreveu "Casting", comédia de costumes sobre os testes realizados em um velho cineteatro de uma cidade russa para a seleção do elenco feminino de um grande espetáculo a ser produzido em Singapura.

Em 2002, o diretor Marco Antônio Rodrigues e a atriz Joana Mattei assistiram a uma montagem alemã do texto, se encantaram com ele e começaram a trabalhar por sua encenação no Brasil, o que só acontece agora, com tradução de Aimar Labaki e Elena Vássina.

A história

O anúncio veiculado em um jornal da cidade anuncia os testes para mulheres com habilidades artísticas visando a montagem de um show que será apresentado em Singapura. O velho e agora fechado cine Cosmos é o cenário único da peça que mostra os testes, os equívocos gerados pelo anúncio, as esperanças e frustrações das candidatas. É ali que, às voltas com o produtor Albert (Caco Ciocler), as candidatas - e depois seus maridos -, descobrem que esse show não é tão inocente quanto pensavam.

Da indignação partem para a constatação de que show erótico em Singapura é muito melhor do que o nada a fazer naquela cidade, naquele país. Mas será que o empresário japonês encarregado das contratações aceitará mulheres não exatamente "muito bonitas e muito jovens"? A resposta poderá ser desvendada ao final dessa deliciosa comédia que faz jus à melhor tradição satírica russa.

Serviço: "Casting"
Com Aline Moreno, Bete Dorgam, Bia Toledo, Caco Ciocler, Flávio Tolezani, Heitor Goldflus, Nani de Oliveira, Natalia Gonsales, Nicolas Trevijano, Ricardo Oshiro e Selma Luchesi.
Quintas às 21h30 e Sextas, sábados e domingos, às 20h.
Teatro Nair Bello - Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569, Consolação. - Tel. (11) 3472-2414.
Ingressos: de R$ 20,00 a R$ 30,00 (meia entrada para beneficiários por lei).
Não recomendado para menores de 16 anos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bárbara Paz e Ricardo Tozzi estreiam 'Hell' com direção de Hector Babenco

Da Redação

Fenômeno editorial na França e best-seller em dezenas de países, o romance "Hell" marcou em 2003 a estreia da escritora Lolita Pille, então com 21 anos. Retrato devastador da juventude rica e consumista de Paris, que preenche suas vidas com sexo, álcool, drogas e roupas de grife, Hell poderia se passar em qualquer grande cidade do mundo, pois espelha os valores e o comportamento de uma classe que, sem encontrar limites para o prazer, vive o angustiante vazio do excesso.

Foi Bárbara Paz quem entregou o livro a Hector Babenco, cineasta que começou no teatro e que pontua: “a descoberta de 'Hell' me despertou de uma forma feroz, como nunca antes me aconteceu”. Na adaptação do livro para o teatro, a primeira no mundo, Babenco teve a parceria de Marco Antônio Braz, concentrando a dramaturgia em dois personagens: Hell, a protagonista interpretada por Bárbara Paz, e Andrea, o homem que ama, vivido por Ricardo Tozzi.

Na história, Hell, pseudônimo da narradora, é uma garota rica, fútil e arrogante. Niilista despreza a natureza e o único credo é que seja bela e consumista. A adaptação concentra a ação da peça na trágica história de amor vivida pela protagonista e Andrea - um jovem tão rico e tão imerso no desespero quanto ela. A experimentação de um afeto verdadeiro assim como uma total inabilidade para se lidar com ele constituem o fio narrativo principal da transposição para a cena desse romance.
Serviço: "Hell"
Com Barbara Paz e Ricardo Tozzi.
Quintas, sextas, sábados e domingos às 20h.
Teatro do SESI - Av. Paulista, 1313, Bela Vista. - Tel. (11) 3472-2414.
Ingressos:
- Gratuitos às quintas e sextas. Nestes dias, a distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria no mesmo dia do evento. Horário de funcionamento da bilheteria: de quarta a sábado, das 12h às 20h30; domingo, das 11h às 19h30. São distribuídos dois ingressos por pessoa.
- Sábados e domingos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Vendas na bilheteria do teatro ou pela Tickets For Fun (11-4003-5588 ou www.ticketsforfun.com.br). São vendidos dois ingressos por pessoa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Reestreia de "A Vida é uma Comédia"

Da Redação

A atriz Vida Vlatt inicia, em outubro, mais uma temporada do espetáculo "A Vida é uma Comédia", na qual mostra a sua versatilidade, atuando na pele de seis diferentes e engraçadíssimos personagens. Claro que Ofrásia, a conhecida empregada cínica e debochada revelada por Clodovil Hernandes, estará entre eles contando seus "causos" indiscretos.

Dentre as variadas nuances cômicas da atriz, está a nordestina Severina da Silva, uma suposta "prima de Luis Ignácio" que tem 18 filhos e está à espera de mais um. Com ela, pobreza se transforma em ouro quando ri de si mesma e das pequenas tragédias do dia-a-dia. A sacoleira italiana Carmela também marcará presença nos palcos com seus produtos inúteis. E vai deixar todo mundo louco quando começar a falar dos seus problemas pessoais, que incluem um marido aposentado, um filho gay e uma filha biscate.

Vida Vlatt ainda vai interpretar os papéis de Sarah Goldman, professora de arte culinária cujos pratos nunca dão certo; a menina tinhosa e mimada Magaléti, que tenta convencer a platéia aos berros da legitimidade de suas exigências absurdas; e a Mãe Maria de Fátima, uma vidente louca e "famosa" que lê a sorte nos bolinhos de bacalhau e recebe espíritos que não desencarnaram.

Fruto de um longo processo de pesquisa e estudos de expressão corporal e teatro, "A Vida é uma Comédia" conta com mudanças de figurino e cenografia em cena aberta, e promete fazer a plateia chorar de rir!

Siga o twitter do Enteatro e concorra a ingressos!

Serviço: "A Vida é uma Comédia"

Com Vida Vlatt.
Quintas às 21h.
Teatro Ressurreição - Rua dos Jornalistas, 123, ao lado do metrô Jabaquara. - Tel. (11) 5016-1787.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).
Não recomendado para menores de 10 anos.
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